Eduardo Bolsonaro virou estafeta de Trump, traidor da pátria e persona non grata da sociedade brasileira.
Filho 03 de Bolsonaro está há quatro dias consecutivos (e contando) defendendo e auxiliando um presidente americano descompensado contra a soberania do Brasil.
Desde a publicação de Trump exigindo “respeito” a Bolsonaro, que foi logo seguida pela sua carta agressiva e repugnante direcionada a Lula, 03 tem se posto como o melhor peão de Trump no seu jogo de xadrez fascista.
Em um curto período de tempo, Eduardo já:
- Ameaçou Alexandre de Moraes, afirmando que Trump “virá para cima” do ministro e de sua esposa;
- Incentivou empresários a abandonarem o Brasil e levarem seus investimentos para os EUA;
- Agradeceu publicamente a Trump pela ameaça proferida ao Brasil (postagem essa em que Eduardo põe os Estados Unidos antes do Brasil ao pedir que Deus abençoe os países);
- Ainda nas redes, Eduardo clama pela Lei Magnitsky (legislação internacional que permite a países imporem sanções a indivíduos estrangeiros envolvidos em violações graves de direitos humanos ou corrupção).
03, sempre atrás das telas, disse que renunciou a sua vida no Brasil para combater a suposta “tirania” atual, exigindo a libertação de “presos políticos” e a saída do ministro Alexandre de Moraes; convocou seus seguidores que são “homens de verdade” para o “confronto”, prometendo ir “até às últimas consequências” em defesa da liberdade.
O mesmo sujeito que bajula Trump e defende interesses estrangeiros agora quer bancar o justiceiro, numa encenação ridícula de retórica vazia para inflar o próprio ego.
A inteligência reduzida de Eduardo apenas o permite entender a simples linha de raciocínio: testosterona maior = detentor do poder e da razão.
A verdadeira masculinidade estaria em assumir suas contradições: como se pode falar em tirania quando sua família glorifica o golpe de 1964 e almeja a volta da ditadura militar? Em defender “presos políticos” enquanto apoia um governo eugenista-fascista que está pondo latinos em campos de concentração?
É um playboy autoritário, frustrado pois todos estão o tratando como uma criança birrenta fazendo drama para conseguir o que quer, reduzido a fazer ameaças que jamais terá a hombridade de cumprir.
O deputado, se, de acordo com o que se comprometeu, enfrentar valorosamente Alexandre de Moraes pela anistia geral da intentona de 8 de janeiro, sofrerá um enorme vexame internacional na mídia.
Pessoas que de fato têm virtude e caráter compreendem que um atentado contra a democracia de uma nação já tão punida por uma ditadura cruel é a maior canalhice que um cidadão brasileiro pode se propor a participar.
03 surtou de vez. Delírio de um alucinado frente à iminência da condenação do pai, meliante e genocida.
Eduardo foi enviado pelo seu pai aos EUA para tentar reverter as condenações do 8 de janeiro, e para isso está usando a maior arma explosiva da atualidade: a instabilidade mental de Trump.
Falando em explosivos, Eduardo, em um de seus vídeos cometendo o crime de lesa-pátria, usou a frase: “Trump cumpriu com a sua palavra e jogou uma bomba atômica no Brasil”. Além dessa fala, o deputado licenciado já prestou homenagem publicamente ao general acusado de omissão por bomba no Riocentro, Newton Cruz, chamando-o de ‘herói’.
Seu irmão Flávio Bolsonaro, em entrevista recente, comparou a posição atual do Brasil com a do Japão na Segunda Guerra Mundial, dando a entender que se não nos “rendermos” às demandas de um Estados Unidos imprevisível, podemos ter o mesmo fim trágico de Hiroshima e Nagasaki.
Em tentativa de se mostrar moderador em entrevista na Globo News, deu diversos tiros no pé: admitiu que Eduardo “não consegue manipular o Trump” – ou seja, ao mesmo tempo em que pedem socorro a Trump, se o plano sair pela culatra, eles não conseguiriam solucionar o próprio problema que criaram; reduziu o Brasil à condição de signatário de “contrato de adesão” – ou aceita as condições americanas ou fica sem “linha telefônica”.
Ainda disse que não estava aplaudindo as decisões de Trump cegamente, mas sim estava “preocupado”. A angústia que diz sentir é a do capanga que vê seu plano de submissão voluntária virar um ato de autodestruição.
Flávio achou de bom tom dar a entender que o Brasil corre o risco de ser destruído pelo país aliado da família Bolsonaro.
O pai, além de meliante golpista, é conhecido também pelos seus planos falhos terroristas de implantar bombas-relógio no quartel onde atuava durante a ditadura militar.
Essa família conhece algum outro caminho de solução de problemas que não envolva terrorismo, golpe e violência?
Uma família sociopata e criminosa, que chegou ao poder mediante fraudes e golpes, a qual para a paz da democracia precisa ser esvaziada da política. E o Brasil possa retomar a construção da democracia.
Eduardo e seus familiares querem um Brasil enfraquecido, que ceda às exigências do pai dele. Caso contrário, vão usar de todo seu poder político para destruir nossa nação.
Para o azar deles, a nossa harpia brasileira é maior e mais resiliente do que a águia americana.
Em terra de Zé Carioca, Pato Donald não se cria.
Jade Silveira Thomaz – Estudante de ciências sociais
Colaboradores:
Francisco Celso Calmon – Francisco Celso Calmon, Analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia, 60 anos do golpe: gerações em luta, Memórias e fantasias de um combatente; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.
Denise Carvalho Tatim – Psicóloga, Doutora em Psicologia (PUC-RS), professora, pesquisadora.