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Bolsonarismo se constitui numa ideologia assumidamente antipatriótica e sabuja do imperialismo estadunidenses. É necessário tratá-la como inimiga do Brasil

(Fonte: GGN. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto abaixo.)

Deputados bolsonaristas têm recorrido a aliados republicanos nos Estados Unidos para tentar intimidar críticos de Jair Bolsonaro e Donald Trump. A ofensiva mais recente mira o ator Wagner Moura, residente em Los Angeles, e influenciadores como Felipe Neto e Whindersson Nunes.

O alvo Wagner Moura

O movimento ganhou força após entrevista de Moura à BBC Brasil, publicada neste domingo, na qual ele disse que os americanos sentem “inveja” do julgamento que levou à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. A fala irritou a base bolsonarista.

Em resposta, Gustavo Gayer (PL-GO) marcou autoridades norte-americanas em suas redes e chamou o ator de “extremista”, sugerindo que os EUA deveriam “dar uma olhadinha” em sua atuação política.

“Esse cara [Wagner Moura] está morando nos EUA e continua apoiando Moraes, atacando TRUMP e dizendo que os EUA agora é uma ditadura. Acho que vale a pena dar uma olhadinha nesse EXTREMISTA @DeputySecState @SecRubio”, publicou no X, nesta segunda-feira.

Felipe Neto e a disputa judicial

Nikolas Ferreira (PL-MG) foi além e passou a pedir que os EUA avaliem cassar o visto de Felipe Neto, alegando críticas do influenciador ao governo norte-americano. Ele chegou a incentivar seguidores a marcar a Embaixada dos Estados Unidos nas redes sociais.

Paralelamente, Nikolas amarga uma derrota na Justiça: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aumentou de R$ 8 mil para R$ 12 mil a indenização que ele deve pagar a Felipe Neto por uso indevido da imagem e voz do youtuber em publicações depreciativas.

A briga com Whindersson

A cruzada contra Felipe Neto desencadeou ainda provocações a Whindersson Nunes. O humorista ironizou a prioridade parlamentar de Nikolas: “Imagina a missão do deputado que tu votou ser fazer o Felipe Neto não entrar nos EUA. Patético.” O comentário bastou para que também entrasse na linha de fogo do deputado.

Liberdade de expressão seletiva

O episódio evidencia a contradição bolsonarista. Embora defendam a “liberdade de expressão” como bandeira central, seus representantes não hesitam em pedir censura e retaliação a opositores quando contrariados, em vez de propor projetos ou iniciativas que fortaleçam o debate público.

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