Após fracasso da PEC da blindagem, votação da anistia deve ser adiada por falta de acordo
Relator da anistia tenta construir acordo para reduzir penas. Mas esbarra em resistências na esquerda e na direta
InfoMoney25
Depois da derrota acachapante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem no Senado, os articuladores da Câmara estão mais cautelosos com o projeto de Anistia. O relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tinha uma reunião agendada com David Alcolumbre (União-AP) na noite de ontem, que foi desmarcada.
O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) minimizou o mal-estar entre as Casas e negou qualquer desavença com Alcolumbre, um dia depois da derrota da PEC da Blindagem no Senado.
Defensores da proposta de Anistia, agora, só querem colocar o texto em votação quando tiver um acordo construído para aprovar nas duas Casas. A previsão inicial seria votar na próxima terça-feira, mas deve ser adiada.
Além de possíveis rusgas entre os envolvidos na votação da Anistia, que já vem sendo chamada de PL da Dosimetria, ainda está muito longe de se construir um acordo na Câmara sobre o assunto.
Uma fonte ligada ao PT afirmou que, nas conversas com o partido, o deputado Paulinho disse que vai apresentar dosimetria para todo mundo, inclusive Bolsonaro e generais. A ideia desagrada o PT, mas também o PL, que diz só aceitar a anistia total e irrestrita. A proposta de Paulinho seria reduzir as penas em até 11 anos.