Com a rejeição do Senado para a proposta de orçamento do Partido Republicano na noite de terça-feira, 30 de setembro, o governo norte-americano deve entrar em shutdown com a paralisação das agências federais e risco de demissão de funcionários. Foram 55 votos a favor da proposta e 45 contra. Eram necessários 60 para passar a medida aprovada na Câmara em 19 de setembro.

O Congresso tem até meia-noite de 4ª feira, 1º de outubro, para aprovar o orçamento e impedir o shutdown, depois que um Senado em impasse não conseguiu aprovar dois planos de financiamento conflitantes, alimentando a ansiedade em Washington sobre quanto tempo a paralisação pode durar.

Pressionados pela ala mais conservadora, os republicanos defendem cortes mais profundos em programas sociais e redução geral de despesas, sob o argumento de que o déficit público segue em trajetória insustentável. Já os democratas defendem a manutenção de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, afirmando que os cortes propostos pelos republicanos prejudicariam diretamente milhões de famílias norte-americanas.

Cada paralisação governamental é diferente, mas normalmente funções críticas para proteger vidas e propriedades são consideradas essenciais e permanecem abertas. Paralisações anteriores cancelaram audiências de imigração e atrasaram empréstimos federais para compradores de imóveis e pequenas empresas, entre outros impactos.

O presidente Donald Trump disse que uma paralisação é provavelmente inevitável, atribuindo a culpa pela iminente interrupção do financiamento aos democratas. Os republicanos precisam de pelo menos sete democratas no Senado para aprovar o projeto de lei de gastos.