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Último barco da flotilha interceptado: Brasil denuncia Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU

O exército israelense interceptou o último barco da flotilha de ajuda humanitária que tentava chegar à Faixa de Gaza na sexta-feira, 3, um dia após interceptar a maioria das embarcações e deter cerca de 450 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg.

Os organizadores da Flotilha Global Sumud declararam que a embarcação Marinette foi interceptado a cerca de 79 km de Gaza. A rádio do exército israelense informou que a Marinha assumiu o controle do último navio da flotilha, deteve os ocupantes e que a embarcação estava sendo conduzida ao porto de Ashdod, em Israel.

Em um comunicado, a organização informou que as forças navais israelenses interceptaram ilegalmente todos os seus 42 navios , cada um transportando ajuda humanitária, voluntário s e a determinação de romper o cerco ilegal de Israel a Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores israelense informou nesta sexta-feira, 3, que quatro italianos foram deportados e que os demais estão em processo de deportação. e que todos os participantes da flotilha estavam seguros e com boa saúde, acrescentou.

Durante uma visita a Ashdod na noite de quinta-feira, o ministro da Segurança Nacional de Israel, de ultradireita, Itamar Ben-Gvir, foi filmado chamando os ativistas de terroristas enquanto se posicionava diante deles.

Ao todo, 14 brasileiros foram detidos na interceptação. Membros da embaixada brasileira em Tel Aviv afirmaram ter encontrado hoje os brasileiros presos e que todos afirmaram estar bem e demonstraram resiliência emocional diante da situação, estão sendo submetidos aos trâmites jurídicos das autoridades israelenses e aguardam a deportação.

Com o apoio de quase 70 países, o Brasil anunciou que iria denunciar o governo de Israel no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) por interceptação da flotilha que navegava rumo à Faixa de Gaza, por meio da entrega de uma carta durante a 60ª sessão do conselho, na sexta-feira, 3. Nela, afirma que Israel violou os princípios da liberdade de navegação em águas internacionais e também pede o levantamento imediato e incondicional de todas as restrições impostas por Israel à entrada e distribuição de assistência humanitária na Faixa de Gaza, em conformidade com suas obrigações como potência ocupante, nos termos da Quarta Convenção de Genebra.

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