O Global Sumud Flotilla, grupo que organizou a flotilha para a Faixa de Gaza, afirmou que os 13 brasileiros que estão na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, serão deportados para a Jordânia nesta terça-feira, 7, conforme mensagem oficial de autoridades israelenses e brasileiras. Apenas um brasileiro, Nico Calabrese, já havia sido deportado para Itália, por ter cidadania daquele país. Os ativistas deixarão Israel com destino à Jordânia e, depois, retornarão ao Brasil.

Em comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, 6, os organizadores dizem que os brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins, irão ao país vizinho a pé, deixando Israel pela ponte Allenby/Rei Hussein.

“É estimado que nossos participantes cheguem à Jordânia por volta das 12h no horário local (6h da manhã no horário de Brasília). A Embaixada brasileira em Amã já está preparada para recebê-los e prestar todo o auxílio necessário, incluindo uma consulta médica para avaliar o estado de saúde de cada um, antes de embarcarem de volta ao Brasil”, destaca a nota.

Assim como ativistas de outros países, os brasileiros também haviam denunciado maus tratos. O ativista e coordenador da Flotilha Global Sumud Thiago Ávila Brasil, desde a detenção, na quarta-feira, 1, estava fazendo greve de fome como forma de protesto não-violento contra a retenção de medicamentos dos detidos. Junto com ele, outros três brasileiros declararam greve de fome.

Citando o Itamaraty, os organizadores afirmam que as autoridades israelenses não permitirão acesso direto, comunicação ou interação com os ativistas enquanto estiverem sob sua custódia na transferência da prisão para a fronteira com a Jordânia.

Ainda citando o governo brasileiro, o comunicado pontua que haverá representantes da embaixada no ponto de fronteira “para qualquer eventualidade”.