México condena ataques militares dos EUA a embarcações em águas internacionais
Fonte: TeleSur 25/10/2025
A presidente mexicana lembrou que existem leis internacionais que regem os procedimentos para suposto tráfico ilegal de drogas ou armas.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, condenou nesta quinta-feira, 23 de outubro, os ataques militares realizados pelos Estados Unidos contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas em águas internacionais, incluindo o recentemente relatado no Pacífico Oriental. “Obviamente, discordamos. Existem leis internacionais que regem como proceder diante do suposto transporte ilegal de drogas ou armas em águas internacionais, e já expressamos isso ao governo dos Estados Unidos”, declarou a presidente durante uma coletiva de imprensa.
A declaração foi feita após o Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, revelar um “ataque cinético letal” ordenado pelo presidente Donald Trump contra um navio no Pacífico, que deixou três mortos. O funcionário americano enfatizou nas redes sociais que “esses ataques continuarão, dia após dia. Não se trata apenas de traficantes de drogas, mas de narcoterroristas que estão semeando morte e destruição em nossas cidades”.
Este incidente é o oitavo ataque dos EUA desde setembro, resultando em pelo menos 37 mortes sem julgamento, levando especialistas das Nações Unidas a denunciarem essas ações como execuções extrajudiciais. Sheinbaum enfatizou que a soberania e o direito internacional devem prevalecer, aludindo à reforma constitucional aprovada no México este ano para fortalecer a soberania e a autodeterminação contra qualquer intervencionismo.
Por outro lado, após ser questionada sobre a polêmica pública entre o presidente Trump e o presidente colombiano Gustavo Petro, Sheinbaum respondeu que “cada um tem sua maneira de lidar” com os debates internacionais. A presidente mexicana reafirmou sua estratégia de política externa, que prioriza um “sistema de diálogo franco” com o governo americano, buscando acordos, mas “sem jamais renunciar à nossa soberania e autodeterminação”. No caso do México, Sheinbaum indicou que seu foco principal tem sido a defesa dos mexicanos que vivem nos Estados Unidos.
