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Crise de corrupção do Banco Master; Claúdio Castro investiu mais de um bilhão de reais da previdência

O Banco Master entrou em colapso ontem (18), com eventos se desenrolando ao longo do dia.

Em questão de horas, a instituição transitou do anúncio de aquisição pela Fictor Holding Financeira para a determinação de liquidação extrajudicial pelo Banco Central.

A liquidação extrajudicial acontece quando o BC decide encerrar as atividades de uma instituição financeira que perdeu condições de funcionamento. Um administrador especial assume o comando, encerra as operações, realiza a venda dos ativos e quita os débitos conforme a hierarquia legal, até a extinção total do banco. Nessa fase final, todas as atividades são cessadas e a instituição deixa de fazer parte do sistema financeiro nacional. O BC designou a EFB Regimes Especiais de Empresas para executar a administração especial. Com isso, todas as tratativas de venda do Banco Master ficam imediatamente suspensas. A medida afeta diretamente os investidores que possuem títulos da instituição.

Em desdobramento paralelo, Daniel Vorcaro, proprietário do banco, foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos na noite de segunda-feira (17). De acordo com as investigações, ele tentava deixar o país em seu jatinho com destino a Malta, na Europa.

A instituição captava recursos através de CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com remuneração significativamente superior à média do mercado, atraindo aplicadores com a segurança do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O FGC, que assegura até R$ 250 mil por investidor, funciona como garantia em casos de falência de instituições associadas. O fundo é mantido pelas próprias entidades financeiras, funcionando assim como um mecanismo privado de proteção aos recursos dos aplicadores. Através dessas operações, o Master acumulou passivos bilionários, lastreados em ativos de baixa liquidez como precatórios e participações em empresas com dificuldades financeiras. Essa estratégia elevou seus custos e gerou desconfiança sobre a real situação financeira do banco.

Cláudio Castro colocou um valor bilionário da previdência, dinheiro dos aposentados do estado, no Banco Master, mesmo sabendo que o Banco estava perto de quebrar.

Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, também precisa se explicar.

O Rioprevidência, fundo que custeia aposentadorias e pensões estaduais, adquiriu milhões em títulos do Banco Master e agora enfrenta a possibilidade de desvalorização desses papéis.

Segundo apuração do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), a Rioprevidência aplicou mais de R$ 2,6 bilhões em ativos administrados pelo Banco Master, valor que representa mais de 25% de todo o patrimônio do fundo previdenciário estadual. Como agravante, o tribunal identificou que R$ 1,1 bilhão deste montante estava alocado em Letras Financeiras, categoria de investimento sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos. A gestão do fundo ainda direcionou R$ 100 milhões para um fundo vinculado ao Master que mantinha 96,125% de seus recursos em ações da Ambipar – empresa em forte queda na bolsa de valores, resultando em uma perda de pelo menos R$ 25 milhões apenas com essa aplicação, conforme levantamento do deputado estadual Luiz Paulo. Este mesmo fundo, Texas I Fundo de Investimento em Ações, é alvo de processo na CVM por suspeita de manipulação de mercado com ações da Ambipar. O TCE-RJ ainda constatou irregularidades em outros dois fundos do Master: em um, a Rioprevidência era o único cotista; em outro, o órgão ultrapassou o limite de 15% do patrimônio do fundo no aporte inicial.

A bolha da extrema-direita, que nunca tem papas na língua para se posicionar radicalmente sobre qualquer assunto, mantêm um silêncio ensurdecedor sobre este caso na elite financeira da Faria Lima.

(Fontes de informação: G1, CBN, Brasil247, ICL Notícias.)

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