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Israel quebra cessar-fogo no Líbano e ataca líder do Hezbollah

(Fonte: Brasil de Fato. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do autor sobre o texto abaixo)

As Forças de Israel (IDF, na sigla em inglês) realizaram um “ataque preciso” na capital do Líbano, Beirute, neste domingo (23), alegando ter o chefe de gabinete do Hezbollah como alvo. A ofensiva deixou cinco mortos e 28 feridos, segundo o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública libanês.

Segundo a Rádio do Exército Israelense, o alvo era Ali Tabatabai, chefe interino do Estado-Maior do grupo de resistência libanês. A ofensiva ocorre às vésperas do acordo de cessar-fogo na região, assinado em 26 de novembro de 2024, completar um ano.

Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o país realizou “um ataque no coração de Beirute, visando o chefe do Estado-Maior do Hezbollah”. A ofensiva, feita contra o município Haret Hreik, em Dahiyeh, nos subúrbios do sul de Beirute e conhecido como o reduto da resistência, tinha como objetivo atingir o homem que “liderava o fortalecimento e o armamento do partido”.

Segundo a Al Jazeera, essa foi a terceira tentativa das IDF em atingir a autoridade do Hezbollah desde a guerra deflagrada em 2024. Por sua vez, o Hezbollah ainda não se pronunciou sobre o ataque, ferimento ou morte de Ali Tabatabai.

A emissora catari ainda noticiou que o ataque israelense realizado em uma área residencial ocorreu sem ordens de evacuação ou avisos prévios.

Agência Nacional de Notícias do Líbano (NAA) informou que “aeronaves hostis” bombardearam um subúrbio ao sul de Beirute, causando feridos e danos materiais significativos.

Segundo a agência, o presidente libanês, Joseph Aoun, considerou o ataque israelense como “mais uma prova de que Israel não se importa com os repetidos apelos para cessar os ataques contra o Líbano”.

O chefe de Estado declarou que Israel “se recusa a implementar as resoluções internacionais e todos os esforços e iniciativas para pôr fim à escalada e restaurar a estabilidade, não só no Líbano, mas em toda a região”.

“O Líbano, que tem respeitado a cessação das hostilidades há quase um ano e apresentado diversas iniciativas, renova seu apelo à comunidade internacional para que assuma sua responsabilidade e intervenha de forma firme e séria para pôr fim aos ataques contra o Líbano e seu povo”, acrescentou.

Por fim, Aoun enfatizou “a necessidade de evitar qualquer deterioração que possa trazer de volta a tensão à região e de impedir mais derramamento de sangue”.

Já o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que seu país “continuará a agir com firmeza para evitar qualquer ameaça”.

O comunicado do gabinete dele disse ainda que “quem levantar a mão contra Israel, terá a mão cortada” e que juntamente com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ele está “determinado a continuar a política de aplicação máxima da lei no Líbano e em todos os outros lugares”.

*Com informações de Middle East Monitor e informações de The Times of Israel

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