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Trump, o pirata do Caribe ataca de novo. Até quando os demais países VÃO FICAR ASSISTINDO?

(Fonte: Brasil 247. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do autor sobre o texto abaixo)

Os Estados Unidos estão se preparando para assaltar e confiscar outros navios-tanque que transportam petróleo venezuelano, em uma escalada sem precedentes das tensões no Caribe. A medida ocorre após o assalto, nesta semana, a um petroleiro carregado com óleo bruto da Venezuela.

Reportagem da Reuters destaca que a ação marca a primeira vez que Washington intercepta diretamente uma carga ou embarcação ligada às exportações petrolíferas venezuelanas desde a imposição de sanções ao país, em 2019. O episódio ocorre em meio a uma escalada militar  dos EUA no sul do Caribe e à intensificação da pressão política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro do poder.

O assalto com confisco acendeu um sinal de alerta entre armadores, operadores e agências marítimas envolvidas no transporte de petróleo venezuelano. Fontes do setor marítimo afirmam que diversas empresas estão reavaliando viagens previstas a partir de portos da Venezuela, diante do risco de novas ações diretas por parte das forças norte-americanas.

Novas apreensões podem ocorrer nas próximas semanas e devem atingir navios que transportam petróleo venezuelano e que, em alguns casos, também teriam sido usados anteriormente para embarques de países igualmente sancionados pelos Estados Unidos, como o Irã. As fontes falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Questionada sobre a possibilidade de novas apreensões, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, evitou comentar ações futuras, mas reforçou que Washington seguirá aplicando as sanções determinadas pelo governo Trump. “Não vamos ficar de braços cruzados enquanto navios autorizados navegam pelos mares com petróleo do mercado negro, cuja receita financiará o narcoterrorismo de regimes autoritários e ilegítimos em todo o mundo”, afirmou.

De acordo com uma fonte próxima ao tema, autoridades norte-americanas elaboraram uma lista com diversos outros petroleiros a serem assaltados e confiscados. O planejamento dessas operações envolveria, há meses, o Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Especialistas ouvidos pela Reuters avaliam que uma redução ou paralisação das exportações de petróleo, principal fonte de receitas da Venezuela, pode gerar forte impacto nas finanças do governo de Nicolás Maduro. Nesta quinta-feira (11), o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra seis superpetroleiros que, segundo documentos internos da PDVSA e dados de monitoramento marítimo, teriam carregado petróleo recentemente no país. Também foram sancionados quatro cidadãos venezuelanos, incluindo três parentes da primeira-dama Cilia Flores. Não há confirmação se os navios recém-sancionados estão entre os alvos imediatos das futuras interceptações.

A apreensão mais recente ocorreu após os Estados Unidos realizarem, nos últimos meses, mais de 20 operações militares contra embarcações que classificam como ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico, ações que resultaram na morte de mais de 80 pessoas. Especialistas em direito internacional ouvidos pela Reuters levantam questionamentos sobre a legalidade dessas operações, classificadas por alguns como execuções extrajudiciais, enquanto Washington afirma agir para proteger sua população de cartéis de drogas que considera organizações terroristas.

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