Como o plano da CIA de matar Maduro ameaça governos de toda a América Latina
O Clube de Impiedosos Assassinos vão tentar matar o presidente da Venezuela.
O desespero do Império está levando o autocrático Trump a um caminho sem volta. O Brasil precisa se definir entre ser a principal liderança da América do Sul ou subimperialistas.
(Fonte: DCM.)
O governo de Donald Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas com poder letal na Venezuela, em uma ação que marca a escalada mais agressiva dos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro desde 2019.Segundo o New York Times, a Casa Branca concedeu à agência autorização para executar ataques diretos e missões de eliminação de alvos classificados como parte da “rede narcoterrorista” controlada por Maduro.
O plano, elaborado sob a coordenação do secretário de Estado Marco Rubio e do diretor da CIA, John Ratcliffe, integra uma estratégia de mudança de regime que combina ofensivas militares, bloqueios econômicos e operações clandestinas.
Nas últimas semanas, os EUA realizaram bombardeios contra embarcações venezuelanas no Caribe, matando 27 pessoas sob a justificativa de combater o tráfico de drogas. Ao mesmo tempo, mais de 10 mil soldados norte-americanos foram posicionados próximos à fronteira, acompanhados por destróieres, aviões B-52 e um submarino nuclear.
Questionado por repórteres, Trump confirmou a existência da nova diretriz. “Autorizei por duas razões”, afirmou. “Primeiro, porque a Venezuela despejou milhares de presos e pessoas de manicômios nos Estados Unidos. E segundo, pelo aumento do tráfico de drogas.” Quando perguntado se o presidente venezuelano poderia ser alvo de um ataque, respondeu: “Não quero responder uma pergunta dessas. Seria ridículo eu responder.
”Especialistas em direito internacional alertam que a decisão viola convenções internacionais. “Ele parece ter ordenado à CIA que infrinja o direito internacional com ações encobertas na Venezuela”, afirmou Mary Ellen O’Connell, professora da Universidade de Notre Dame.
Mesmo no Congresso dos EUA, a medida gerou reação: republicanos exigem transparência sobre a base legal dos ataques, enquanto democratas afirmam que se trata de uma guerra não declarada.
Paralelamente, Trump encerrou oficialmente o diálogo diplomático com Caracas e ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, acusado de comandar o “Cartel de los Soles”. Também declarou o grupo Tren de Aragua como organização terrorista estrangeira. Fontes militares confirmam que o Pentágono prepara cenários para ataques cirúrgicos em território venezuelano, ampliando o poder operacional da CIA em toda a região do Caribe.
O governo Maduro denunciou a decisão como “uma tentativa aberta de assassinato” e afirmou que recorrerá à ONU e ao Tribunal Penal Internacional.
Analistas veem a escalada como parte da estratégia de Trump para consolidar apoio entre militares e republicanos linha-dura em plena corrida eleitoral. “A autorização da CIA para matar em nome de um pretexto antidrogas é o tipo de ato que redefine as fronteiras da legalidade internacional”, resumiu um diplomata latino-americano.