(Fonte: Pátria Latina. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto abaixo.)
Cuba critica a presença significativa das forças navais e aéreas dos EUA no sul do Caribe e considera isso uma ameaça à estabilidade regional.
Cuba está levantando sua voz de protesto contra a “grande presença das forças navais e aéreas dos EUA no sul do Caribe”, chamando isso de uma mobilização “sob falsos pretextos” e uma reação à “agenda corrupta” do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reafirmou nesta segunda-feira em sua rede social X que a América Latina e o Caribe devem ser respeitados como uma zona de paz e rejeitou qualquer ação que coloque em risco a soberania dos países da região.
O líder cubano insistiu que essa presença militar constitui uma ameaça à segurança e à paz na América Latina e no Caribe, ecoando uma crítica anterior que ele fez em 19 de março de 2025, sobre o destacamento do destróier USS Gravely no Golfo do México, também supostamente sob o pretexto de combater o tráfico ilegal de drogas.
Na ocasião, Rodríguez deixou claro que a justificativa para o combate ao narcotráfico “faz parte de uma agenda política mais ampla que mina a paz e a soberania na região”.
A presidente mexicana Claudia Sheinbaum rejeitou o envio militar dos EUA para o Caribe e reiterou seu apelo ao respeito à soberania desses países.
O governo Trump enviou mais de 4.000 fuzileiros navais e marinheiros para águas ao redor da América Latina e do Caribe, ostensivamente para combater cartéis de drogas, embora se saiba que 90% dessas drogas chegam aos EUA pelo Oceano Pacífico.
A missão também inclui um submarino de ataque movido a energia nuclear, uma aeronave de reconhecimento P-8 Poseidon, vários contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados.
Desde o governo Donald Trump, tem havido uma tendência de intensificar a militarização na região, em vez de abordar as causas do aumento do uso de drogas nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo.