Em meio a tensões diplomáticas Lula chega aos EUA para discursar na abertura da 80ª Sessão da ONU


O presidente Lula chegou aos Estados Unidos no domingo, 21 de setembro, sob o risco de novas sanções do Governo Trump. De acordo com declaração dada pelo secretário de Estado norte americano, Marco Rúbio, na semana passada, existe a possibilidade do anúncio nesta semana de novas medidas econômicas contra o Brasil em função da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Rúbio o julgamento é penas um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial contra empresas americanas e pessoas que operam fora dos Estados Unidos.
Em entrevista ao canal norte-americano PBS no dia 22, quando questionado sobre as tarifas impostas pelo governo americano, Lula disse considerar inacreditável o comportamento do presidente Trump com o Brasil e que não se trata de uma questão comercial e sim política. Apesar disso afirmou estar pronto caso Donald Trump queira conversar sobre política.
“Nunca conversamos porque ele fez uma escolha. Na minha opinião isso foi um erro. Ele fez a escolha de construir uma relação com Bolsonaro, e não uma relação com o povo brasileiro”.
Na terça-feira, 23, Lula abre o debate de líderes na Assembleia Geral da ONU, havendo a expectativa de que em seu discurso haverão falas em defesa da soberania nacional e críticas à imposição de tarifas, bem como o reconhecimento a independência do STF no julgamento de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira Lula participou da Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados na Sede das Nações Unidas em Nova York. Em seu discurso o Presidente defendeu como único caminho para a paz e a estabilidade no Oriente Médio a implementação da solução de dois estados , com um Estado da Palestina independente e viável, coexistindo lado a lado com Israel em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e Cisjordânia com Jerusalém Oriental como capital.