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Este é o caminho: Petro pede união de toda a América Latina contra agressão dos EUA à Venezuela

(Fonte: Brasil247. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto abaixo.)

O presidente da ColômbiaGustavo Petro, fez um apelo nesta sexta-feira (17) para que os governos da América Latina e do Caribe se unam “já, para rejeitar e reagir” a qualquer tipo de agressão contra a Venezuela, que ele definiu como “a pátria de Simón Bolívar”.

 “Venezuela é dos venezuelanos”, escreveu Petro em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter), pedindo que os países da região atuem “além do discurso” diante das ameaças crescentes de Washington.

A declaração ocorre em meio à escalada de tensões provocada por ameaças norte-americanas de novas sanções e ações militares contra o governo do presidente Nicolás Maduro, sob o pretexto de combate ao narcotráfico.

Defesa da soberania regional e crítica à violência imperial

Petro afirmou que uma intervenção militar contra a Venezuela equivaleria a uma agressão a toda a América Latina, e denunciou o que chamou de “vontade bárbara de lançar mísseis contra pessoas desarmadas” no Caribe.
O presidente colombiano enfatizou que a região deve reagir de forma coordenada e firme diante de qualquer tentativa de violar o princípio da soberania dos povos.

No mesmo post, Petro compartilhou um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também criticou as ameaças de Washington.

 “O povo venezuelano é dono do seu destino. E não é nenhum presidente de outro país que deve opinar sobre como será a Venezuela ou como será Cuba”, declarou Lula, em discurso recente.

As falas de Petro e Lula reforçam o alinhamento entre Brasil e Colômbia na defesa da autodeterminação dos povos e da América Latina como zona de paz, conforme o compromisso firmado pela Celac.

EUA intensificam ofensiva no Caribe

Nas últimas semanas, o governo de Donald Trump enviou navios de guerra ao sul do Caribe, sob o argumento de combater cartéis de drogas, mas analistas consideram o movimento parte de uma operação de pressão militar contra Caracas.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, chegou a duplicar a recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro, acusado sem provas de liderar um suposto cartel de narcotráfico.

Desde o início da operação, cinco embarcações foram bombardeadas por forças norte-americanas, resultando em pelo menos 21 mortes, que o governo colombiano classificou como “assassinatos”.
Organismos internacionais, como a ONU, denunciaram que “pessoas não devem morrer por usar, vender ou consumir drogas”, condenando a escalada de violência patrocinada pelos EUA.

América Latina reage em defesa da paz

Após os ataques, blocos regionais como a Celac e a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) pediram o respeito à declaração da América Latina e do Caribe como zona de paz, aprovada em 2014 em Havana.

O presidente Nicolás Maduro afirmou que seu país é vítima de “uma guerra multiforme” orquestrada pelos Estados Unidos, cujo objetivo é promover um “cambio de regime” e recolonizar o continente.

Um novo eixo latino-americano pela soberania

O discurso de Petro consolida o reposicionamento geopolítico da América do Sul, liderado por governos progressistas que defendem a integração regional e rejeitam qualquer forma de intervenção militar estrangeira.
Com o apoio explícito de Lula, Petro tem se tornado uma das principais vozes pela paz e pela soberania no continente, em oposição direta à política imperial de Washington.

A reação conjunta de Colômbia, Brasil, México, Bolívia e Venezuela reforça a mensagem de que a América Latina não aceitará novas aventuras militares nem imposições externas, reafirmando que o destino da região pertence aos seus povos — e não às potências estrangeiras.

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Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, Analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia, 60 anos do golpe: gerações em luta, Memórias e fantasias de um combatente; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.

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