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Flotilha humanitária: onda de protestos global após detenção de ativistas

Israel enfrenta condenação internacional após interceptar dezenas de barcos que navegavam em direção à Gaza na missão de ajuda humanitária da Flotilha Global Sumud, e deter centenas de tripulantes, entre eles a ativista Greta Thunberg, a Deputada portuguesa Mariana Mortágua e a Deputada brasileira Luizianne Lins. Protestos contra as ações israelenses realizaram-se em várias cidades de países como Espanha, França, Reino Unido, Itália, Polónia, Países Baixos, Alemanha, Portugal, Paquistão, Malásia, Argentina e México, exigindo a libertação dos ativistas detidos, sanções internacionais contra Israel e o fim do genocídio na Faixa de Gaza.

Líderes estrangeiros também se manifestaram contra as ações de Israel. O Ministério das Relações Exteriores da Turquia classificou a interceptação como um “ato de terrorismo” enquanto protestos eclodiam em Istambul. Gustavo Petro, o presidente da Colômbia, classificou a interceptação como um “crime internacional” cometido por Netanyahu e afirmou que expulsaria diplomatas israelenses do seu país.  O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, pediu às autoridades israelenses que garantissem a segurança dos participantes e o seu direito de proteção consular.

Em nota o governo brasileiro deplorou a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica, exortando pelo levantamento imediato e incondicional de todas as restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em consonância com as obrigações de Israel, como potência ocupante, à luz do direito internacional humanitário.

Declarou ainda que acompanha com preocupação a interceptação pela marinha israelense de embarcações da Flotilha Global Sumud, que contam com presença de cidadãs e cidadãos brasileiros, e que, diante das primeiras notícias de detenção de nacionais brasileiros a bordo de embarcações da flotilha, entre eles a deputada federal Luizianne Lins, o Brasil recorda o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e ressalta o caráter pacífico da flotilha.

Em vídeo divulgado após a interceptação da Flotilha Global Sumud, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), fez um apelo ao governo para acabar com qualquer relação econômica com Israel e a levá-la para casa. “Pare o genocídio em Gaza”.

Israel confirmou a detenção de mais de 400 pessoas, que foram transferidas para o porto de Ashdod. Benjamin Netanyahu felicitou a ação dos militares que, segundo o primeiro-ministro israelita, “repeliram uma campanha de deslegitimação contra Israel”. Ainda, em uma postagem na rede social X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que todos os passageiros estão seguros e em boas condições de saúde e que após desembarcar e Israel, os tripulantes serão deportados para a Europa.

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