Israelenses e palestinos celebram anúncio de cessar-fogo em Gaza
Israel e o Hamas aceitaram a primeira parte do plano dos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza, após dois anos do aniversário da guerra.
Conforme noticiado pela Euro News, Israelenses e palestinos celebraram após o anúncio de cessar-fogo e de um acordo sobre os reféns, no âmbito da primeira parte da iniciativa apoiada pelos Estados Unidos para pôr fim à guerra em Gaza.
O anúncio de que Israel e o Hamas tinham aceitado a primeira fase do plano foi feito por Donald Trump, na sua rede social Truth social. O líder norte-americano disse estar orgulhoso pela assinatura de ambas as partes do acordo, o que “significa que todos os reféns serão libertados” pelo Hamas e que Telavive terá de retirar as “tropas para uma linha acordada”.
De acordo com Donald Trump, a libertação dos reféns deverá acontecer na próxima segunda-feira, dia 13 de outubro. Pelo menos 20 dos reféns que serão libertados deverão estar vivos, enquanto os outros 26 foram declarados mortos.
O “plano de paz de 21 pontos” de Trump inclui, entre outros pontos, o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza, bem como eventuais negociações para a criação de um Estado palestino. Este último ponto seria uma opção a longo prazo, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já afastou.
O grupo militante Hamas apelou ao líder norte-americano, aos Estados que garantem este acordo e a todas as partes árabes islâmicas e internacionais que “obriguem o governo de ocupação a implementar integralmente todas as disposições do acordo e a impedi-lo de fugir ou atrasar os compromissos assumidos”.
Já o Programa Alimentar Mundial afirmou que “não há tempo a perder” para fazer chegar ajuda internacional à Faixa de Gaza, onde mais de meio milhão de pessoas enfrentam fome.
Telavive e o Hamas chegaram a acordo dois anos após o ataque de 7 de outubro, num festival de música eletrônica israelense. Cerca de 1,2 mil pessoas – na sua maioria, civis israelenses, morreram e 251 foram feitas reféns. Já do lado palestino, as autoridades de Gaza registaram 66.288 mortos e 169.165 feridos até à última sexta-feira, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Talvez seja ainda demasiado cedo para considerar o acordo entre o Hamas e Israel, anunciado na quinta-feira, dois anos após a batalha de 7 de outubro, como um fim definitivo e quase certo da guerra na Faixa de Gaza.
Nos meios de comunicação social, os dois lados estão tratando esta fase como vitoriosa, entretanto, as duas partes já tiveram várias rondas de negociações indiretas que terminaram num fracasso abruto e o cessar-fogo assinado entre elas em março não sobreviveu.