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Lideranças do MST acusam o Ministério do Desenvolvimento Agrário de inflar dados sobre novos assentamentos rurais

Segundo o movimento, o governo Lula está divulgando como entregues áreas que ainda não foram oficialmente desapropriadas pela Justiça, o que acaba prejudicando famílias acampadas. Para o MST, esses anúncios são meramente institucionais, sem efeitos concretos na vida dos trabalhadores.

Um exemplo citado é o do Acampamento Quilombo Campo Grande (MG), visitado por Lula em março. Apesar dos decretos assinados naquela ocasião, o MST afirma que nada mudou de fato: os lotes anunciados como “entregues” não passaram por alteração jurídica e tampouco receberam políticas públicas.

Diante disso, o MST rompeu o diálogo com o ministro Teixeira e pede sua substituição, alegando que a gestão do ministério é ineficiente e justificaria sua demissão.

O Ministério nega as acusações e defende o que chama de “transparência inédita”. Alega que considera como entregues áreas cujo processo administrativo foi finalizado, com pareceres técnicos prontos e recursos empenhados. No caso específico de Campo do Meio, a diretora do Incra, Maíra Coaraci, diz que só faltam as etapas cartoriais e judiciais. Ela também aponta o atraso na aprovação do Orçamento como um dos fatores que afetaram o ritmo das ações.

O ministro Paulo Teixeira reafirmou a meta de criar 30 mil assentamentos até 2025. Em resposta às críticas levadas diretamente ao presidente Lula, o chefe do Executivo pediu que o ministro procure soluções, e não dificuldades.

Lideranças do MST, como Jaime Amorim e Silvio Netto, chamam as estatísticas divulgadas pelo governo de “falsificadas” e alertam que a paciência do movimento está no limite — o que pode resultar em uma nova onda de mobilizações sociais.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/lideres-do-mst-fazem-acusacoes-contra-o-governo-lula,4ac35ff5ea1c9766eb17e87731ab9a0db3l5efoy.html )

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