Maduro bate de frente contra a velha tática estadunidense de inventar um alvo para intervir e desrespeitar a soberania dos países
(Fonte: Brasil247. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto.)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta sexta-feira (25) que o país está completamente livre do narcotráfico e destacou os avanços obtidos desde a expulsão da Administração de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA). A declaração foi feita durante um evento público em Caracas e repercutida pelo canal teleSUR.
Segundo Maduro, o rompimento com a agência norte-americana foi um ponto de virada na luta contra o tráfico de entorpecentes. “Desde que rompemos com a DEA, o grande cartel da droga mundial, a Venezuela pôde avançar de maneira autônoma e soberana em uma estratégia. E hoje, a Venezuela é um país totalmente livre do narcotráfico e de todas essas coisas”, afirmou o chefe de Estado diante de autoridades e convidados internacionais
.Avanços sem intervenção estrangeira
O presidente ressaltou que, sem a interferência dos Estados Unidos, o país desenvolveu suas próprias políticas de combate ao cultivo, produção e tráfico de drogas. Ele afirmou que as forças armadas, a polícia e os serviços de inteligência e contrainteligência desempenharam papel fundamental para transformar a Venezuela em um “território livre de drogas”.
Maduro também rebateu as acusações de que o país seria produtor de cocaína, classificando-as como “um relato extravagante, vulgar e totalmente falso” promovido por Washington. “É demonstravelmente falsa a teoria de que somos um país produtor de narcóticos. Esse é um grande êxito da Revolução Bolivariana”, declarou.
Compromisso com a soberania e a paz
Durante o discurso, Maduro afirmou que o governo venezuelano está próximo de eliminar completamente o trânsito de drogas em seu território. “Estamos caminhando para alcançar 100% de eliminação do pequeno 5% do narcotráfico que vem da Colômbia; vamos conseguir, e esse será um grande avanço da Revolução Bolivariana do século XXI, doa a quem doer”, afirmou.
O presidente denunciou ainda o que chamou de tentativas de “fabricar uma nova guerra eterna” contra a Venezuela, comparando as narrativas atuais às justificativas utilizadas em guerras como a do Vietnã. Ele questionou se “o povo norte-americano e os movimentos sociais realmente desejam uma guerra”, lembrando que “94% dos venezuelanos rejeitam qualquer tipo de confronto”.
“Prometeram que nunca mais se envolveriam em uma guerra e agora estão inventando uma. Nós vamos evitar isso com a mobilização dos povos da América do Sul, porque toda a América do Sul e o Caribe dizem não à guerra, sim à paz, à prosperidade, à harmonia e à convivência”, concluiu o presidente.
