María Corina Machado ganha Nobel da Paz 2025 e dedica prêmio a Trump; O domínio político-ideológico do imperialismo está a todo vapor e não está havendo contraponto.
A atual líder da extrema direita venezuelana, María Corina Machado venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2025. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (10) e surpreendeu o mundo político da Venezuela e da América Latina.
A concessão do Prêmio Nobel da Paz à representante de extrema-direita, é uma clara manobra geopolítica intervencionista. A distinção a uma figura com histórico público de defesa de sanções econômicas, golpes de Estado e até de intervenção militar armada contra seu próprio país evidencia a conversão do prêmio em arma de guerra híbrida.
Em um gesto que escancara as engrenagens do imperialismo em funcionamento, María Corina Machado dedicou explicitamente o prêmio a Donald Trump, principal arquiteto da política de “pressão máxima” que asfixia economicamente a Venezuela.
“Estamos no limiar da vitória, e hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, o povo dos EUA, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia. Dedico este prêmio ao povo sofredor da Venezuela e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!” escreveu María, em suas redes sociais.
É a confissão pública de uma aliança as forças imperialistas que historicamente subjugam nações latinas soberanas, de que seu novo premio não passa de uma peça de propaganda que fortalece o assédio fascista disfarçado de pacificação.
O Prêmio Nobel virou homenagem à fascistas, por influência do autocrático Trump.
A trajetória política de Machado é publicamente marcada por ações que contradizem os valores da paz e da soberania nacional. Como por exemplo, sua assinatura no “Decreto Carmona”, durante o golpe de 2002 que buscou derrubar o presidente Hugo Chávez. Nas décadas seguintes, sua atuação consistentemente alinhou-se aos setores mais reacionários, dentro e fora da Venezuela, incluindo o apoio irrestrito ao autoproclamado “governo” de Juan Guaidó e a defesa de uma “intervenção cirúrgica” estrangeira.
Ao laurear Machado, o comitê do Nobel endossa a narrativa que busca fabricar uma legitimidade internacional para figuras comprometidas com um projeto de desestabilização e “mudança de regime”.
O Nobel foi desvirtuado e corrompido para uso político-ideológico da direita.
Estão utilizando o prestígio simbólico do prêmio para branquear um currículo golpista e tentar conferir uma aura de respeitabilidade a uma agenda que promove o sofrimento do povo venezuelano através de sanções e da ameaça militar.
Esse reconhecimento não tem nada a ver com a paz, é na verdade um gatilho psicológico e ideológico para justificar uma escalada de agressões contra a soberania e a integridade territorial da nação venezuelana.
(Fontes de informação: Brasil de Fato, BBC, Brasil247.)