A Procuradoria-Geral da República (PGR) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta segunda-feira (14), um documento de 517 páginas pedindo a condenação de Jair Bolsonaro e sete integrantes do que classifica como “núcleo crucial” de uma organização criminosa armada. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o grupo, liderado pelo ex-presidente, articulou um “plano progressivo e sistemático” para subverter a democracia após a derrota eleitoral de 2022.

Os crimes listados incluem:

• Liderar organização criminosa armada;

• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

• Golpe de Estado;

• Dano qualificado contra patrimônio público (referência aos ataques de 8 de janeiro de 2023).

As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Gonet destacou que as ações do grupo não foram baseadas em “suposições frágeis”. Entre as evidências citadas estão manuscritos, arquivos digitais, trocas de mensagens e até uma pasta intitulada “Operação 142” — alusão a uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição, usado para justicar intervenção militar.

Enquanto Bolsonaro posta nas redes que “querem destruí-lo por completo”, a PGR sustenta: a trama foi documental e coletiva.