Presidente cubano critica Nobel para Corina Machado: “Vergonhoso”; A América Latina não é colônia dos EUA
Numa sequência de mensagens nas redes sociais, o líder cubano Miguel Díaz-Canel afirmou ser “vergonhoso” atribuir este prêmio a Machado, “uma pessoa que instiga a intervenção militar na sua terra natal e, nos últimos anos, protestos de rua em que pessoas foram queimadas vivas”.
“A politização, o preconceito e o descrédito do Comité Norueguês do Prémio Nobel da Paz atingiram limites inimagináveis”, afirmou Díaz-Canel.
O regime comunista de Cuba e a Venezuela de Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, tornaram-se aliados regionais, ideologicamente próximos e tendo como inimigo comum os Estados Unidos.
Alvo de um embargo internacional prolongado, Havana depende do regime de Maduro para adquirir petróleo e combustíveis refinados, entre outros bens.
“Rejeitamos firmemente esta manobra política que tenta isolar a Venezuela e minar a sua liderança bolivariana, liderada pelo seu Presidente legítimo, Nicolás Maduro”, declarou o presidente.
Já os venezuelanos se mostraram divididos sobre a atribuição do Nobel da Paz a Corina Machado. Para uns, trata-se do reconhecimento da luta da líder opositora por uma mudança pacífica e democrática no país, enquanto outros acusaram Machado de defender uma invasão do país, uma mudança violenta de regime e promover sanções internacionais contra a Venezuela.