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Pressão militar crescente: comitiva brasileira participa do encontro latino-americano contra ações dos EUA na Venezuela

As últimas notícias sobre as relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, indicam uma escalada de tensões e retórica militar, com o aumento da presença militar dos EUA no Caribe e ameaças de ataques a alvos venezuelanos, apesar de negações públicas de ações imediatas. A crise é impulsionada por acusações dos EUA relacionadas ao narcotráfico e ao regime de Nicolás Maduro.

Embora tenha negado planos de ataque imediato, o governo de Trump identificou possíveis alvos militares na Venezuela ligados ao narcotráfico, segundo reportagem do Wall Street Journal. Em resposta, a Venezuela posicionou tropas perto da costa, armou parte da população e recebeu reforço militar da Rússia e China, buscando proteção contra uma possível incursão americana.

A tensão tem preocupado países vizinhos, como o Brasil, que reforçou sua fronteira, e Trinidad e Tobago, que colocou seu exército em alerta máximo.

O regime de Nicolás Maduro denunciou as ações dos EUA, afirmando que o país busca “roubar as reservas de petróleo” venezuelanas.

Especialistas alertam para o risco de caos e anarquia na Venezuela, com consequências humanitárias e migratórias para a região, caso a situação se agrave. 

De acordo com reportagem da CNN, imagens de satélite feitas pela missão Copernicus Sentinel-2, da União Europeia, mostram navios da Marinha dos Estados Unidos se deslocando em direção à Venezuela. Especialistas da área de defesa analisaram as fotos tiradas no dia 30 de outubro e concluíram que uma das embarcações seria o navio de guerra anfíbio USS Iwo Jima, que estaria navegando a cerca de 190 quilômetros da Ilha de La Orchila, da Venezuela.

Um segundo navio, que seria o destróier de mísseis guiados USS Gravely, estaria manobrando no leste do Mar do Caribe, aproximadamente 320 quilômetros ao norte do território continental venezuelano.

Segundo publicado pelo Brasil de Fato, em articulação contra as ações militares dos Estados Unidos, o governo de Nicolás Maduro realizou na sexta-feira, 31, um Encontro Parlamentar do Grande Caribe em Defesa da Paz. O evento reuniu legisladores de 14 países na capital venezuelana para discutir e rechaçar as agressões e ameaças do governo de Donald Trump contra o país sul-americano. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) está entre o grupo de parlamentares que participam do evento, representando o Brasil.

Na abertura do encontro, o chanceler venezuelano, Iván Gil, alertou que a presença militar dos EUA, que inclui navios de guerra, submarinos nucleares e mísseis, constitui a ação mais grave contra a estabilidade regional. Por outro lado, lembrou que as agressões contra a Venezuela começaram há 26 anos, com o início da Revolução Bolivariana. 

O presidente da República, Nicolás Maduro, fez uma saudação a grupo de parlamentares estrangeiros e afirmou que os Estados Unidos “querem roubar a maior reserva de petróleo do mundo” e que, para isso, Washington quer “impor uma agenda” de ameaças e guerra psicológica. 

“Hoje estamos vivendo um desses capítulos; não é o primeiro, mas também não será o último. É um capítulo de uma história vitoriosa que vivemos. O povo venezuelano continuará construindo seu modelo democrático, com plenas liberdades e resolvendo seus assuntos com autonomia e soberania, sem abrir mão de um pingo de dignidade como povo histórico”, declarou o presidente venezuelano.

Maduro agradeceu a solidariedade dos países latino-americanos, especialmente dos parlamentares presentes em Caracas. 

“O verdadeiro apoio das forças que representam o coração da América Latina e do Caribe. Que o profundo povo da América Latina e do Caribe esteja presente quando se trata de defender a soberania e a independência”, declarou. 

“Nossos irmãos e irmãs da América Latina e do Caribe precisam saber que nossa luta pelo direito à independência, à soberania e à paz na Venezuela é a luta de toda a nossa América, e nossa vitória será a vitória de toda a nossa América. Paz contra as mentiras do imperialismo”, concluiu Maduro

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