Reprodução: Nota da deputada federal Camila Jara sobre o empurra-empurra no plenário
(Fonte: PT. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto)
Em nota, a deputada Camila Jara (PT-MS) relata o ocorrido durante a retomada do presidente Hugo Motta ao plenário, após a invasão de bolsonaristas, na última terça-feira (5). A parlamentar reagiu às pressões que sofreu pela multidão de parlamentares, em sua maioria homens. Diante disso, ela vem sendo acusada injustamente de ter ‘nocauteado’ Nikolas Ferreira, do PL. “Não me intimidarão com seu ódio. O diálogo segue sendo marca de meu trabalho”, pontua Camila.
Segue nota na íntegra:
Na última quarta-feira (6), os trabalhos da sessão legislativa foram impedidos por um grupo de parlamentares extremistas. Em desacordo com o regimento interno da Casa, os deputados apoderaram-se da mesa da presidência e exigiram que o projeto de anistia fosse pautado a todo custo. Ignorando pautas relevantes para as pessoas, como a isenção do Imposto de Renda, que poderá afetar 10 milhões de brasileiros.
Mesmo com a chegada do presidente Hugo Motta, os deputados se recusaram a ocupar seus lugares no plenário, gerando caos e confusão.
Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando acabou esbarrando no deputado federal Nikolas Ferreira, que foi ao chão. A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco.
A deputada federal Camila Jara vem a público esclarecer que reagiu ao empurra-empurra da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão. Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas. O resultado dessa campanha de perseguição foram centenas de comentários ofensivos e ameaças à integridade física e até mesmo à vida da deputada Camila Jara.
Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Legislativa precisou ser acionada para garantir a segurança da parlamentar, após a campanha de ódio ter tomado uma proporção alarmante. A escolta policial será solicitada também no Mato Grosso do Sul para garantir a segurança das atividades parlamentares no Estado.
A deputada Camila Jara reforça que não será intimidada pelo ódio dos que desrespeitam a democracia. A coragem e o diálogo são marcas do trabalho da parlamentar, que jamais se acovardará diante das injustiças.
Assessoria da deputada Camila Jara
por que a deputada Camila Jara não entrou na lista de Motta: (Fonte: Metrópoles. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto)
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados encaminhou, nessa sexta-feira (8/8), representações de afastamento contra 14 deputados por obstrução dos trabalhos da Casa. Desses, 12 são do PL, um do Novo e um do PP. O nome de Camila Jara (PT-MS), acusada de agredir o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) dentro do plenário, não entrou na lista.
De início, a Secretaria-Geral da Mesa informou que, “a fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”. A frase deu a entender que o caso de Camila entraria na lista assinada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O caso de Jara, no entanto, não foi enviado pela Mesa. Isso, porque o PL optou por enviar uma representação diretamente à Corregedoria da Câmara contra a deputada por quebra de decoro parlamentar, ou seja, não passou pela Mesa Diretora. O partido pediu, também, pela suspensão cautelar do mandato da petista.