Segunda Flotilha partiu da Itália com médicos e enfermeiros para Gaza
Nas últimas semanas, uma segunda frota de navios partiu de Itália para tentar quebrar o bloqueio naval israelense à Faixa de Gaza, numa missão conjunta da Flotilha da Liberdade e das Mil Madalenas para Gaza. São onze embarcações que transportam cerca de 250 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e jornalistas internacionais, de acordo com informações publicadas pela Euronews.
É a segunda tentativa de desembarque em Gaza depois de comandos israelenses terem abordado e apreendido os mais de 40 barcos da Flotilha Global Sumud, prendendo os mais de quatrocentos voluntários da iniciativa.
A Flotilha da Liberdade enviou três barcos. O principal é o Conscience, que transporta médicos, enfermeiros e jornalistas. É um navio de 68 metros, que partiu de Otranto a 30 de setembro e está a navegando ao largo de Creta desde sexta-feira, 3 de outubro. Há cerca de 100 pessoas a bordo.
O nosso objetivo é quebrar o cerco ilegal de Israel, dar aos correspondentes internacionais a oportunidade de fazer reportagens diretamente de Gaza e prestar a assistência médica urgentemente necessária aos palestinos, afirmou a Flotilha da Liberdade numa publicação no Instagram.
A Conscience segue em direção a Gaza com uma equipe médica pronta para aliviar aqueles que, nos restos dos hospitais, trabalham há mais de dois anos sem descanso e quase sem instrumentos. Impedir isso não é segurança: é cumplicidade com a agonia.
Juntamente com o Conscience, há também dois outros navios da Flotilha da Liberdade, os veleiros Al-Awda e Ghassan Kanafani, de bandeiras italiana e francesa, respetivamente, e que se encontram também ao largo de Creta. Outros oito navios deixaram o porto de Catânia no dia 25 de setembro, fazendo parte da missão Mil Madalenas para Gaza. A bordo estão cerca de 150 passageiros, entre os quais jornalistas e profissionais de saúde.
Em julho passado, a marinha israelense abordou e apreendeu o navio Handala, da Flotilha da Liberdade, depois de este ter chegado às águas ao largo de Gaza. A tripulação foi detida e repatriada. Entre eles estava a ativista sueca Greta Thunberg, que mais tarde também participou na missão da Global Sumud Flotilla. Mais uma vez, os passageiros foram detidos e levados pelas autoridades israelitas para a prisão de Ketziot, no deserto do Negev.