Barroso em risco de ser afetado pela Lei Magnistky
Dilma indicou os piores: Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin. A questão a saber é: quem os sugeriu a ela, e porque não levantaram a ficha de cada?
As ameaças de Donald Trump contra Alexandre de Moraes, usando a Lei Magnitsky, escancaram um risco antigo para ministros do Supremo: seus vínculos internacionais.
No olho do furacão, Luís Roberto Barroso aparece como alvo em potencial – e seus laços com os EUA, incluindo um apartamento milionário em Miami e ligações com a Universidade de Yale, podem se tornar um problema.
Juristas alertam que a Lei Magnitsky, criada para punir violações de direitos humanos, virou arma política nas mãos de Trump. Barroso, que já teria sinalizado planos de deixar o STF após o fim de seu mandato como presidente em setembro, está numa situação delicada.
“O Barroso tem uma ligação forte com a Universidade de Yale, e seu escritório no Brasil é um dos maiores do país, já tendo atuado para a TV Globo e para a CBF. Ele teria muito a perder”, avalia Figueiredo, em entrevista à TV GGN.
O patrimônio da família Barroso nos EUA chama atenção: um apartamento de US$ 4,1 milhões em Miami, registrado em nome de uma offshore controlada pelo filho do ministro, Bernardo Van Brussel Barroso. Em julho, o governo Trump suspendeu vistos de vários ministros do STF, incluindo Barroso, Moraes, Dino e Gilmar Mendes.
Não é a primeira vez que Barroso é alvo de ataques coordenados. Na Lava Jato, o portal Vetorm.com – ligado a políticos tucanos e condenado por campanhas difamatórias – disparou acusações contra ele, desde supostas offshores da esposa até contratos suspeitos envolvendo familiares. A grande mídia ecoou as críticas, como quando Augusto Nunes, na Veja, chamou Barroso de “vigarista”.
A jornalista Cíntia Alves, do GGN, revelou que os ataques eram articulados. Em 2023, vazamentos da Operação Spoofing mostraram mensagens de Deltan Dallagnol pressionando Barroso por decisões favoráveis à Lava Jato.
(Fonte: GGN)