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10 de Agosto: Lembrar Frei Tito e sua vida sobre tempos sombrios

Frei Tito foi um frade católico brasileiro que assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963. Mudou-se para o Recife e depois para São Paulo, onde estudou Filosofia na USP. Em 1968, foi preso por participar do Congresso da UNE em Ibiúna, tornando-se alvo da repressão militar.

Em 1969, foi acusado de apoiar Carlos Marighella e sofreu torturas brutais no Dops e na Oban: choques elétricos, espancamentos e queimaduras com cigarros, tudo para forçá-lo a delatar companheiros e falsamente incriminar dominicanos. Tentou suicídio, mas foi salvo.

Na prisão, denunciou as torturas em um documento que se tornou símbolo da luta pelos direitos humanos. Tito foi banido do Brasil pelo governo Médici e seguiu para o Chile. Sob a ameaça de novamente ser preso, fugiu para a Itália. De Roma, foi para Paris, onde recebeu apoio dos dominicanos.

Traumatizado pela tortura, Frei Tito submeteu-se a um tratamento psiquiátrico. Nas ruas da capital francesa, ele “viu” o espectro de seus torturadores e cometeu suicídio. No dia 10 de agosto de 1974, um morador dos arredores de Lyon encontrou o corpo de Frei Tito suspenso por uma corda pendurada em uma árvore.

(Fonte do texto acima: https://memoriasdaditadura.org.br/personagens/frei-tito-de-alencar-lima/)

Eu o conheci em 63 no Encontro nacional da JEC em Campinas.
Foi assassinado psicológicamente pelos seus algozes que continuaram martirizando-o em sua mente. Como outra companheira minha no Colina/VAR, Maria Auxiliadora de Lara Barcelos, com quem estive junto no cárcere da PE da Vida Militar no Rio de Janeiro.

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