Em uma ação fascista militar realizada nesta quarta-feira (1º), a Marinha de Israel interceptou o barco Grande Blu, que integrava a missão humanitária internacional Global Sumud Flotilla. A bordo da embarcação estava a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e outros nove ativistas, que tentavam romper o bloqueio à Faixa de Gaza para levar suprimentos essenciais à população local, que enfrenta fome e desabrigo em massa após meses de ofensivas israelenses.

A interceptação ocorreu quando o barco já se aproximava do território palestino. De acordo com relatos da organização, a operação resultou na prisão e deportação iminente dos tripulantes.

A parlamentar cearense havia solicitado proteção diplomática ao governo brasileiro antes da partida. Em ofício de 17 de setembro, pediu ao Itamaraty medidas de proteção para a delegação brasileira, composta por 15 pessoas. O Ministério das Relações Exteriores, em resposta, afirmou estar ciente e preparado para prestar assistência consular em caso de detenções.

Além de Luizianne Lins, estão entre os detidos a vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL-SP), a presidente do PSOL gaúcho Gabi Tolotti, o ativista Thiago Ávila e outras lideranças de movimentos sociais. Até o momento, somam-se pelo menos doze cidadãos brasileiros interceptados em diferentes barcos da flotilha.

A organização relatou que, no momento da abordagem em águas internacionais, os sistemas de comunicação das embarcações foram danificados, interrompendo transmissões ao vivo e dificultando pedidos de socorro. A tática, vista por ativistas como uma tentativa de silenciar e isolar os civis, não impediu a continuidade da missão.

Segundo a coordenação da Global Sumud Flotilla, a maior parte da operação segue adiante. Cerca de 35 barcos, com cerca de 500 participantes de 46 países, permanecem em navegação a aproximadamente 70 milhas náuticas da costa, determinados a desafiar o bloqueio genocída israelense e levar assistência vital ao povo palestino.

(Fonte de informação: Brasil247.)