Greta Thunberg e mais 170 ativistas da flotilha chegaram à Grécia e denunciaram maus tratos
Vários ativistas da flotilha, que foram detidos por Israel na semana passada por tentarem levar ajuda humanitária a Gaza, testemunharam sobre os maus-tratos infligidos pelas autoridades israelenses na chegada a Atenas.
Vários ativistas já foram libertados durante o fim de semana por Israel para a Turquia, Espanha, Portugal e Itália. Muitos deles falaram aos jornalistas sobre as duras condições a que Thunberg e outros prisioneiros foram sujeitos. Anteriormente, ativistas suíços e espanhóis afirmaram ter sido submetidos a condições desumanas.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel nega as acusações, afirmando em comunicado: “Mais 171 provocadores da flotilha Hamas–Sumud, incluindo Greta Thunberg, foram deportados hoje de Israel para a Grécia e a Eslováquia. (…) Todos os direitos legais dos participantes deste espetáculo de relações públicas foram e continuarão sendo plenamente respeitados”.
A ativista climática sueca Greta Thunberg e a antiga presidente da Câmara de Barcelona Ada Colau estão entre os 171 ativistas da flotilha deportados por Israel para a Grécia e a Eslováquia na segunda-feira, depois de uma tentativa de levar ajuda humanitária a Gaza na semana passada.
No aeroporto de Atenas em uma fala contundente à imprensa Greta Thunberg declarou:
“Deixem-me ser muito clara: Há um genocídio acontecendo em frente aos nossos olhos. Um genocídio sendo transmitido ao vivo em todos os nossos telefones. Ninguém tem o privilégio de dizer: Não estamos a par do que está acontecendo. Ninguém no futuro poderá dizer: Não sabíamos“.
Ainda, Greta disse que usou sua flotilha para ir à Gaza porque “ninguém foi acudir o povo palestino”. Ela fez apelos para líderes mundiais e pessoas poderosas utilizarem seus privilégios e plataformas para “deixarem de ser coniventes” e se posicionar.
Nestor Prieto, ativista e repatriado da flotilha disse:
“A sensação que nos fica depois de tudo o que passamos é de uma desumanização constante, de tentar culpar-nos por atos de hostilidade durante todo o tempo“.
Israel já deportou ao menos 340 ativistas, entre quase 450 detidos, e quer finalizar as deportações o mais rápido possível” mesmo em meio a tentativas de obstrução, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Também deverão ser retirados da prisão em Israel na terça-feira integrantes de delegações da Argentina, Brasil, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia.