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Castro e governadores de direita buscaram aliança com EUA sem passar pelo governo federal

Fontes: UOL, O Globo, Brasil 247.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), enviou um relatório para o governo dos EUA pedindo que o país classifique o CV (Comando Vermelho) como uma organização narcoterrorista. A informação é da coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo.

Governo fluminense quer que os EUA apliquem sanções contra o CV. “Sofisticação, transnacionalidade e brutalidade” da facção criminosa justificariam medidos, segundo informa a coluna.

Objetivo de Castro é facilitar extradições e estancar alianças econômicas no exterior. Intitulado “Análise Estratégica: Inclusão do Comando Vermelho nas listas de sanções e designações dos EUA”, o relatório ainda afirma que classificar o CV como terrorismo “abriria caminho para parcerias” com organismos internacionais, como a Interpol e a ONU (Organização das Nações Unidas), e norte-americanos, como o DEA (departamento de repressão às drogas) e o FBI (a polícia federal dos EUA), para o combate a redes.

Conversas a respeito se estendem por pelo menos seis meses. Elas teriam sido iniciadas em maio, quando uma comitiva do Departamento de Estado norte-americano viajou a Brasília para discutir temas ligados à segurança pública e crime organizado. A delegação foi liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenações de Sanções do órgão. Depois, Castro foi a Nova York, onde tratou de um acordo de cooperação com o DEA.

O Palácio do Planalto teme que sanções possam atingir empresas brasileiras ou até mesmo a União, caso os EUA considerem que o Brasil não está atuando como deveria. A classificação do CV como um grupo terrorista também poderia servir de pretexto para Washington atacar o território brasileiro militarmente, como tem feito na Venezuela.

Movimento, porém, ganhou força após a megaoperação policial, com 121 mortos, realizada na semana passada, no Rio. ONo final de semana, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também voltou a defender que o PCC (Primeiro Comando da Capital) seja classificado como grupo terrorista.

Em resposta à operação no Rio, o presidente Lula assinou um projeto antifacção. O texto institui o tipo penal “organização criminosa qualificada”, com penas de oito a 15 anos de prisão.

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