NotíciasOpiniãoPolitica

Estadão chama Alcolumbre de chantagista e aponta tentativa de usurpação das prerrogativas de Lula

Até o jornal das elites conservadores não aguenta mais o barão do Senado, o chantagista Alcolumbre. Respeite a República e o sistema presidencialista, caricato de ditador.

Os condenados pela intentona do golpe bolsonarista, estão todos alegando doença. Eita covardia! Enalteço mais uma vez a nossa dignidade e coragem no enfrentamento às condições dos cárceres e torturas da ditadura – um contraste gritante com a fraqueza moral de quem hoje tenta distorcer as instituições para benefício próprio.

Essa tensão no ambiente político ganhou novo fôlego após o Estado de S. Paulo publicar um editorial que classifica Davi Alcolumbre (União-AP) como “chantagista” no episódio que envolve a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). A crítica partindo de um dos jornais mais alinhados à elite conservadora evidencia o tamanho da crise institucional entre o Senado e o Palácio do Planalto.

Segundo o editorial, Alcolumbre tentou interferir diretamente na prerrogativa presidencial ao pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para indicar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à vaga do STF. A Constituição estabelece de forma inequívoca que a escolha cabe ao presidente da República, cabendo ao Senado apenas sabatinar e aprovar ou rejeitar o nome apresentado.

Ainda de acordo com o texto, mesmo sem respaldo legal, moral ou republicano, Alcolumbre teria tentado “usurpar à luz do dia” a competência presidencial. Lula resistiu às pressões e confirmou a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União.

Retaliação política e projetos de alto impacto fiscal

O primeiro movimento de retaliação, teria sido a aprovação no Senado do projeto que concede aposentadoria especial a agentes comunitários de saúde. A proposta representa um gasto bilionário para o governo federal e foi colocada em votação como resposta direta à escolha de Messias.

O episódio não se limita a uma disputa individual, mas reflete um processo maior de ampliação da influência do Congresso sobre o Executivo. O texto observa que parlamentares controlam grande parte das verbas discricionárias e, com isso, acumulam poder político sem assumir a responsabilidade pelo impacto fiscal das medidas que aprovam.

o episódio faz parte de um movimento mais amplo de parlamentares buscando ampliar a influência do Senado na composição do Judiciário. Em um momento em que o STF ocupa papel central nas decisões políticas, nomes para a Corte vêm sendo definidos com base não apenas em notável saber jurídico, mas também em critérios de alinhamento político. Nesse contexto, Alcolumbre tenta transformar o Senado de órgão avaliador em protagonista da escolha.

Lula mantém Messias e reafirma prerrogativa constitucional

Ao confirmar Jorge Messias para o STF, Lula reafirmou a autoridade constitucional da Presidência da República e deixou claro que não abriria espaço para pressões externas nem para barganhas políticas que distorcem o sistema presidencialista. A decisão funcionou como um recado direto: a escolha de ministros da Suprema Corte é uma atribuição exclusiva do Executivo, não um campo de disputa de caciques parlamentares.

Fonte de Informação: Brasil 247.

Assine nossa newsletter para receber notícias diárias!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *