A crise institucional atingiu um nível tão alarmante que até mesmo o editorial de um jornal alinhado às elites conservadoras, o Estado de S. Paulo, classificou o senador Davi Alcolumbre como “chantagista”.

É uma tentativa escancarada de usurpar a prerrogativa constitucional do Presidente Lula na indicação de Jorge Messias ao STF.

O que Alcolumbre Exige

• O senador não pede apenas cargos; ele exige o controle de setores estratégicos da economia e da fiscalização nacional:

• Presidência do Banco do Brasil: O objetivo é controlar a torneira de financiamento do agronegócio, fortalecendo a bancada ruralista com dinheiro público.

• Banco do Nordeste (BNB): Mais uma ferramenta financeira poderosa de desenvolvimento regional na mira do “toma lá dá cá”.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM): Alcolumbre quer o comando do órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais e combate fraudes financeiras.

CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica): A exigência inclui o órgão que garante a livre concorrência e combate a formação de cartéis.

Se suas exigências não forem atendidas, as ameaças são claras:

• Não aprovar a indicação de Jorge Messias ao Supremo.

• Colocar em votação a Anistia a Bolsonaro.

• Travar o orçamento do próximo ano e não concluir a votação do orçamento pendente deste ano.

A retaliação já começou na prática. 

O Senado aprovou pautas-bomba, como a aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde, uma medida de alto impacto fiscal desenhada não para ajudar a categoria, mas para explodir as contas do governo como vingança política.