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A prisão de Bolsonaro representa uma vitória do Estado Democrático de direito

A tentativa de romper a tornozeleira eletrônica configura claro descumprimento da condição de prisão domiciliar, e agora o Bolsonaro e seus aliados alegam que ele ouvia vozes vindas do aparelho. Só se forem as vozes dos 700 mil mortos pela covid.

Dizem, nos bastidores, que a verdadeira intenção não era retirar a tornozeleira, mas, sim, retirar o chip de rastreamento, que ficaria na casa. Estaria livre para fugir e protegido por sua rede de apoio, presente na vigília.  

Ele provoca, se mantém no foco da mídia como tática permanente, e apela para o vitimismo para comover seu eleitorado, quando o calo aperta.

Considera a Suprema Corte como suprema tola, para a qual pensa que pode engabelar.

Sua palavra não tem credibilidade, é um mitômano despudorado que culpa um delírio esquizofrênico pelo ato de tentativa de romper com a tornozeleira, que era condição para a prisão domiciliar preventiva. 

Criança que brinca com fogo, urina na cama; prisioneiro que brinca com tornozeleira eletrônica, dorme na prisão.

Seus filhos, militantes de extrema-direita, estão escancaradamente envolvidos em seus planos de fuga, e a visita de Nikolas Ferreira na véspera levanta a questão: quem providenciou o tal “ferro quente”? Quem vive na casa que ele está em prisão domiciliar? Ninguém para ele saber se as vozes eram reais? Tem gato nesta tumba.

Creio que todos já reparamos que o Nikolas Ferreira está sempre envolvido nesses atos delinquentes. Como se não bastassem suas ligações com criminosos, ele escancara seu papel como malfeitor ligado ao clã fascista dos Bolsonaros.

Bolsonaro é um mané que se acha malandro, um ignorante que se acha inteligente, um biltre que se acha acima das leis. 

Se ele tivesse passado pelo que passei, junto de outros companheiros, na ditadura, precisaria de fralda geriátrica em dobro, de tão frouxo que demonstra ser.

Não deve mais permanecer em casa, pois pode provocar um acidente que prejudique todos na residência, afinal, quem ouve vozes da tornozeleira pode ouvir outras vozes até mesmo da privada, mandando-o realizar ações perigosas e atentatórias à segurança de todos da residência. 

É estranho que em uma casa tenha um instrumento de solda, a título de quê? Ou alguém recomendou e levou essa ferramenta?

No dia anterior, ele falou com o Donald Trump. Falou o quê? O que conversaram? Vale sempre lembrar que o condomínio de Bolsonaro fica apenas a 13 km de distância da embaixada dos Estados Unidos. Podemos juntar as pontas, interpretar os fatos e concluir que realmente havia um plano de fuga em curso.

Não é inverossímil que determinados remédios tenham como efeitos colaterais provocar confusões mentais, mas, chegar ao nível de ouvir vozes e delirar, já são sintomas de uma esquizofrenia. O que pode torná-lo incapaz e acelerar a sua ida para ser vizinho do Adelmo, aquele da suposta “facada”. Seria uma ironia da história!

Desta vez ele meteu o ferro quente na tornozeleira, mas ele pode enfiar o ferro quente em outros orifícios, achando que pode curar os delírios, ou que pode corrigir suas hemorroidas.

Sendo um mentiroso contumaz, conhecido nacionalmente como tal, sua palavra não tem honorabilidade, muito menos para um depoimento honesto.

A imagem de um homem frágil e debilitado não passa de uma encenação cuidadosamente construída para reforçar a sua narrativa. Mirou-se no vitimismo, apostou-se na comoção pública, mas os fatos mostram o contrário.

Os exames realizados pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal confirmam: Bolsonaro apresentava bom estado de saúde, sem sinais de estresse. Seus soluços ajudavam a compor e dar o tom à cena, foram usados como elementos para enganar, desafiar a Justiça e tentar sair impune pelos terríveis crimes que cometeu.

O mais seguro, considerando esses delírios, é que ele permaneça preso com vigilância médica.

Não podemos esquecer que o seu celular precisa ser imediatamente apreendido, vistoriado e periciado antes que seja entregue aos seus filhos ou à sua mulher. Não se pode permitir que provas sejam apagadas, mensagens destruídas ou conversas comprometedoras ocultadas.

A integridade do conteúdo do aparelho é essencial para compreender o alcance do plano de fuga e das articulações feitas nos dias que antecederam a sua prisão.

Olhando para o retrovisor, o grande erro foi ele não ter sido expulso do Exército quando era tenente, como solicitado pelo seu comando, e através de apelação ao STM, acabou na reserva como capitão.

E o General Villas Boas, ensaísta de golpes, é o grande responsável pela figura terrorista, genocida, asquerosa, que é Jair Messias Bolsonaro.

A sociedade do bem está em festa pela sua prisão e pela correção, embora um pouco tardia, da Justiça.

Por Francisco Celso Calmon


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