A Marinha israelense interceptou nesta quarta-feira, 1º de outubro, várias embarcações da flotilha Global Sumud, que tentava romper o bloqueio a Gaza e fornecer ajuda humanitária ao enclave.

Segundo informação divulgada na conta oficial da Fotilha Global Sumud, que organiza a expedição, forças navais israelenses abordaram e interceptaram ilegalmente quatro navios em águas internacionais e detiveram a ativista climática Greta Thunberg, a deputada portuguesa Mariana Mortágua, além de sete tripulantes brasileiros, entre eles a deputada federal Luiziane Lins.

De acordo com a organização, as embarcações israelenses danificaram propositalmente os sistemas de comunicação da flotilha numa tentativa de bloquear sinais de emergência e interromper a transmissão ao vivo da abordagem ilegal. As lives da expedição, que estavam acontecendo por meio das redes sociais dos tripulantes, foram encerradas.

Depois de zarpar de Barcelona no início de setembro, a missão, que se define como pacífica e não violenta, contava com 47 barcos e cerca de 500 pessoas de 40 países e, apesar da interceptação, a flotilla encontra-se a 70 milhas náuticas da costa de Gaza e seguirá a missão. Todas as pessoas que foram detidas gravaram vídeos de SOS. Entre eles estava o ativista brasileiro Thiago Ávila, que publicou um vídeo em suas redes sociais alertando para a captura.

Nos últimos dias, a flotilha foi alvo de ataques com drones que lançaram bombas de efeito moral e substâncias irritantes sobre os barcos. Houve danos materiais, mas ninguém ficou ferido.

Itália e Espanha enviaram navios militares para acompanhar a flotilha e prestar assistência em caso de emergência humanitária ou resgate, mas deixaram claro que não irão intervir militarmente. Drones turcos também monitoram os barcos. A Itália informou que sua marinha deixará de acompanhar a flotilha quando ela estiver a menos de 150 milhas náuticas (278 km) de Gaza.