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As incongruências, antinomias e prolixidades verborrágicas do Ministro da peruca 

Fux, com o seu voto de 13 horas, entrou para a história da literatura jurídica descartável, cujo objetivo deve ter sido de ganhar a mídia para ficar bastante conhecido nos passos que começou a dar a seguir.

Deixou de ser a peruca da discórdia, de certa forma envergonhada, para assumir, com toda transparência e rudeza, o apóstolo da lava-jato e do bolsonarismo, mesmo que para esta postura teve que ser incoerente com votos passados. E para justificar essa contradição alegou que ‘evoluiu’. Ocorre que evoluir é na mesma direção, quando se passa para outra direção, já não é mais evolução, é mudança de rota, de pensamento, de lado.

Especula-se que foi o medo da Lei Magnitsky, pois pode ser que tenha programado visita com a neta à Disney, ou para proteger a filha, desembargadora da TJRJ, com currículo com produção científica e bibliográfica escorada nos feitos do pai, ou se está se oferecendo e se construindo como liderança da extrema-direita.

O que está bastante evidente é que já não procura disfarçar com sua verborragia e postura de arauto do reacionarismo e adepto do golpismo.

Temos um Fux “Deixa comigo que eu mato no peito”; com essa frase teria garantido que faria justiça ao Zé Dirceu, que somente agora teve sua completa absolvição, porém atuou no processo do “Mensalão” em algoz dos petistas réus na AP 470. 

Temos um Fux da lava-jato, conforme a declaração, via mensagens de texto do Dallagnol, é de confiança da ala direitista (In Fux We Trust). E no presente, temos um Fux paladino dos militares golpistas da intentona de 8 de janeiro de 2023.

Como é um ser ardiloso, deve estar com alguma estratégia para ter solicitado sua transferência para a Segunda Turma do STF, com vistas a fazer maioria juntando-se aos dois ministros bolsonaristas, Nunes Marques e André Mendonça.

Ocorre que o novo ministro, ao entrar no lugar do ministro Barroso, e herdar os seus processos, é que deveria ir para a segunda turma.

Se o Fux teme as censuras do Trump, deveria também temer o desapreço da sociedade em especial dos jovens, do Levante Popular da juventude e seus criativos esculachos.

Fica a dica!

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Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, Analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia, 60 anos do golpe: gerações em luta, Memórias e fantasias de um combatente; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.

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