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Com ataque da Globo ao provável indicado ao STF, Jorge Messias, deu a certeza para Lula de é ele o melhor candidato para ser uma barreira ao golpismo no STF

(Fonte: Brasil247. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do site sobre o texto abaixo.)

O jornal O Globo voltou a mirar suas baterias contra o governo do presidente Lula — desta vez, por meio de um ataque ao advogado-geral da União, Jorge Messias, favorito para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Em matéria publicada nesta quinta-feira (23), o jornal tenta desqualificar Messias por suas posições acadêmicas, reveladas em uma tese de doutorado defendida na Universidade de Brasília (UnB), em que o jurista descreve o impeachment da presidente Dilma Rousseff como um verdadeiro golpe de Estado.

A reportagem de O Globo destaca com escândalo o fato de Messias, de 45 anos, afirmar o óbvio: que Dilma foi destituída sem crime de responsabilidade, em um processo político conduzido sob pressão do mercado, do Congresso conservador e com o apoio ativo da própria mídia hegemônica — da qual o Grupo Globo foi protagonista.

A tese que irritou os golpistas

No trabalho acadêmico, Messias analisa o papel da Advocacia-Geral da União nas “estratégias de desenvolvimento do Brasil na sociedade de risco global” e revisita os últimos dez anos da política nacional. Em sua análise, o atual chefe da AGU descreve o golpe de 2016 como resultado da perda de força da indústria, da valorização cambial e da ofensiva das elites financeiras contra o projeto nacional de desenvolvimento iniciado por Lula e continuado por Dilma.

Segundo ele, após o golpe, o governo de Michel Temer impôs uma agenda “ultraliberal”, marcada por cortes de direitos trabalhistas e previdenciários, privatizações e o enfraquecimento do Estado. A chegada de Jair Bolsonaro ao poder, prossegue Messias, aprofundou essa agenda de destruição social e econômica, com ataques às instituições, à ciência e à própria democracia.

A defesa do Judiciário contra o autoritarismo

Em sua tese, Messias também destaca o papel “heroico” do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral diante das ameaças golpistas e dos abusos da Operação Lava Jato. Ele observa que, mesmo diante das críticas, o STF se tornou peça central na defesa da Constituição de 1988 e na contenção dos arroubos autoritários que culminaram com a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023.

Globo e o revisionismo do golpe

A reação de O Globo à tese de Messias revela, mais uma vez, o incômodo da velha mídia com o reconhecimento histórico de sua própria participação no golpe de Estado contra Dilma Rousseff. À época, o jornal e suas emissoras associadas atuaram abertamente na construção da narrativa que legitimou a derrubada de uma presidente eleita, sem qualquer crime de responsabilidade comprovado.

Ao tentar transformar uma análise acadêmica em escândalo político, O Globo repete o padrão que marcou sua cobertura desde 2016: atacar vozes que denunciam o golpe e proteger os responsáveis por ele. Messias, ao reafirmar a verdade histórica — de que Dilma foi vítima de uma ruptura democrática apoiada pelos grandes grupos de comunicação —, apenas cumpre o papel que se espera de um jurista comprometido com a Constituição e com a democracia.

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