(Fonte: PT. O Canal Pororoca reconhece a autoria integral do autor sobre o texto abaixo)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumiu a frente da nova estratégia de segurança pública do governo Lula com um objetivo claro: desmantelar o poder econômico das organizações criminosas. Para ele, a resposta efetiva ao crime organizado não está apenas no policiamento ostensivo, mas na asfixia financeira das facções.

Para viabilizar essa ofensiva, o ministro lidera a articulação no Congresso Nacional pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/2022, que trata do Devedor Contumaz. A medida é considerada essencial pela equipe econômica para atingir o “andar de cima” do crime, permitindo ao Estado diferenciar empresas legítimas que enfrentam dificuldades daquelas criadas exclusivamente para sonegar impostos e lavar dinheiro ilícito.

“Todo criminoso precisa lavar o dinheiro do crime e usa expedientes formais, abre empresa, fecha empresa. A Lei do Devedor Contumaz inibe essa prática e evita que o criminoso lave o dinheiro e irrigue o crime organizado novamente”, afirmou Haddad, destacando a urgência da votação na Câmara.

A eficácia da estratégia defendida por Haddad ficou evidente nesta semana com a Operação Poço de Lobato. A ação contou com papel decisivo da Receita Federal — órgão vinculado ao Ministério da Fazenda — para desmontar um esquema bilionário, comprovando que a inteligência fiscal é uma arma poderosa contra a impunidade.

Além de fortalecer a fiscalização interna, Haddad propôs abrir uma frente de cooperação com os Estados Unidos. A iniciativa visa criar mecanismos conjuntos para rastrear recursos enviados a paraísos fiscais, impedindo que criminosos ocultem patrimônio no exterior e escapem da Justiça brasileira.

Apoio total da direção do PT

A condução do ministro na pauta de segurança levou o Partido dos Trabalhadores a unificar seu posicionamento. Nesta quinta-feira (27), a Comissão Executiva Nacional (CEN) aprovou por unanimidade o fechamento de questão favorável ao projeto do Devedor Contumaz.

A decisão reforça politicamente a atuação de Haddad e garante suporte partidário à sua estratégia. A orientação oficial é para que a bancada na Câmara, liderada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vote favoravelmente à matéria, consolidando a união entre a equipe econômica e a base política do governo no combate ao crime.