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Leitura | 60 anos do golpe: gerações em luta

O livro 60 anos do golpe: gerações em luta é um projeto do Canal Pororoca, idealizado e proposto pelo seu coordenador, Francisco (Xico) Celso Calmon, com a adesão dos demais membros do grupo da coordenação do Canal, Denise Carvalho Tatim, Eugênio Aragão, Paulo Calmon Nogueira da Gama e Sandra Mayrink Veiga.

Face ao simbolismo da data que marca os 60 anos do golpe militar de 1964, o livro tem como escopo a análise do período da ditadura, com base em memórias pessoais e históricas, e da conjuntura atual, contemplando prognósticos e proposições para o cenário social e político do país, a partir do questionamento apresentado aos seus autores: “Onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024?”.

Trata-se de um projeto coletivo que conta com 60 participantes, dentre eles juristas, acadêmicos, cientistas sociais, jornalistas, artistas, economistas, lideranças políticas, sindicais e de movimentos sociais, pertencentes a diferentes gerações impactadas por esses acontecimentos, incluindo militantes históricos que participaram da resistência ao golpe de 1º de abril de 1964.

Para além de contribuir com um documento para a preservação da memória e da história, o objetivo é que o livro seja um instrumento de promoção do debate qualificado sobre a conjuntura política passada e presente do Brasil, por meio da realização de eventos de lançamento, por seus autores em diferentes regiões do país, da realização de lives e da sua disseminação em universidades, escolas e organizações sociais e culturais.

Acredita-se que a obra se reveste de especial importância em um momento em que se assiste ao avanço de forças antidemocráticas no país, promovendo o revisionismo e o negacionismo da ditadura e a renovação de atentados ao Estado Democrático de Direito.

Os seguintes capítulos são:

  • MOSAICO DE MEMÓRIAS: Um relato pessoal de Marcia Curi, nascida no exílio no Uruguai, que nos conta sobre suas memórias fragmentadas da infância, marcadas pela prisão de sua mãe e pela recente redescoberta de uma família que a acolheu por quase dois anos.
  • NONÔ – A MENINA QUE VIU A DITADURA NASCER: Nonô, ainda menina na periferia de Goiânia, presenciou a preparação ideológica para o golpe através de filmes do Ipês em praças públicas, que pintavam estudantes como “baderneiros comunistas” e militares como “heróis da pátria”.
  • ONDE ESTÁVAMOS EM 1964 E ONDE ESTAMOS 60 ANOS DEPOIS: O coordenador do livro, Xico Calmon, narra sua própria trajetória desde a militância estudantil aos 16 anos, passando pela entrada na luta armada (Colina/VAR-Palmares) e sua subsequente prisão e tortura em 1969.

Para ler a obra completa, clique aqui.

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