O Brasil não se submete à Trump, por Francisco Celso Calmon
Os Estados Unidos continuam a demonstrar o seu espírito de violência, bélica, onde estão em vários países fomentando e municiando as suas cabeças de ponte, bem como a guerra econômica, sufocando países como Cuba, Venezuela e outros, e agora eles usa as tarifas como arma de guerra.
As sociedades dos países que vêm sendo atingidos pelos EUA devem voltar a erguer a bandeira do ‘Abaixo o imperialismo’ para pôr fim a todos os tipos de guerra, bélica, econômica, política ou tarifária.
É inacreditável, mas existe bolsonaristas defendendo a agressão tarifária do Trump.
E ainda mais: querem culpar a vítima. Querem culpar o Lula, com essa chantagem que o Trump está fazendo, (utilizando tarifas para isso), mais para pressionar o Estado brasileiro, pela sua participação nos BRICS, pela sua independência, pela sua soberania, pela sua relação amistosa com todas as grandes potências, e ingerindo-se numa questão interna, entregue ao Supremo Tribunal Federal.
A Corte Constitucional do país está julgando e respeitando todo o processo legal em relação ao indiciado Jair Bolsonaro, que foi o mentor e articulador da intentona de 8 de janeiro, colocando em risco todos os poderes, com depredações, com vandalismo, e com um plano articulado.
Um plano que, como sabemos, eles queriam que houvesse a decretação da GLO, e com isso, as forças armadas estariam no comando supremo do país.
Foram frustrados, estão sendo julgados, os de menores participações já foram julgados: já foram condenados, estão presos.
E os autores políticos da intentona, da tentativa de golpe, estão em processo final de julgamento, provável condenação e, por certeza, cadeia.
A carta do Trump (que arrisco a dizer, deve ter sido soprada a escrita pelo Eduardo Bolsonaro) ao Lula deixa claro de que a guerra de tarifas, o aumento da tarifa, tem o objetivo político de intimidar o Estado brasileiro em relação ao indiciado e meliante, Jair Messias Bolsonaro, sendo que um dos seus filhos, licenciado do poder Legislativo, está nos Estados Unidos, exatamente articulando e fomentando com as forças de extrema-direita estadunidense para um ataque ao Brasil, econômico, político e não se sabe até onde mais pode chegar.
Aqueles que são patriotas vão demonstrar agora a unidade em defesa da nossa soberania, da nossa Constituição, das nossas instituições democráticas, da democracia que nos custou muito para ser conquistada, depois de mais de duas décadas de uma ditadura que sempre teve o apoio político e logístico dos Estados Unidos.
O governo brasileiro irá responder a Trump (que tem uma cara de ovo estragado) de forma altiva e ativa, como já foi cunhado uma vez por um embaixador brasileiro que se recusou a tirar seus sapatos para ser revistado nos EUA.
Como Lula deu a entender, haverá reciprocidade.