O Congresso brasileiro virou um palco de teatro grotesco
Grupos de parlamentares se amotinaram com agitação desordeira e desordenada com absoluto desprezo às presidências das respectivas casas legislativas, com arroubos físicos e violência, colocando em perigo a segurança do Congresso, a integridade dos outros parlamentares e um exemplo de falta de zelo pelo dinheiro público, ausência absoluta de decoro e respeito ao povo que os elegeram.
(Foto: Reprodução / Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)
Esse motim não pode ficar impune!
A decrepitude do atual Congresso terá consequências indeléveis e poderá ficar como exemplo a ser seguido em cadeia pelos legislativos estaduais e municipais, mas, sobretudo, para a sociedade assimilar o motim como forma de alcançar seus intentos. Numa democracia não é uma forma legal.
Enfraqueceram a autoridade da mesa diretora, símbolo do poder que representa, e por trás e pela frente da subversão estava (está) o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, aquele que inaugurou o orçamento secreto como forma de usurpar o poder do Executivo e comprometer o presidencialismo, que é causa pétrea como sistema de governo assegurado pela Constituição.
Lula abraçou esse jagunço político das Alagoas como parceiro, na política de conciliação e necessidade de governabilidade, porém, não se tratava, como não se trata, de apenas adversário, mas de ser inimigo ideológico de tudo que Lula e o Partido dos Trabalhadores representam.
Há que separar na política aqueles que são adversários dos que são inimigos ideológicos, por professarem concepções antipovo, antipátria, por serem defensores dos super ricos e praticarem o entreguismo e o sabujismo ao imperialismo estadunidense.
Os atos e fotos do durante e o depois são deprimentes e mostram o caráter volúvel dos congressistas que depois da baderna correram a abraçar e pedirem desculpas aos respectivos presidentes das casas legislativas.
(Foto: reprodução)
Os valentões que viram frangotes, como crianças que se escondem dos pais após um malfeito.
Se não bastasse ser um Congresso plutocrático, passou a ser uma casa delinquente. Transgressora do regimento interno e da Constituição. Por tudo, parlamentares decentes, A mídia, e a sociedade em geral não podem passar pano.
Foi muito grave. Não havendo indignação geral qual será a próxima dessa extrema-direita bolsonarista?
A militância democrática precisa fazer esse diálogo com o povo para que nas próximas eleições chispe com esses biltres da vida pública.
Francisco Celso Calmon
