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Trump deu ultimato para Maduro renunciar e deixar Venezuela

Quero crer que é um blefe. Mas, se não for? Acabou o direito internacional? Não haverá mais soberania nacional e autodeterminação dos povos?


China e Rússia que são aliadas da Venezuela vão ficar só na expectativa? E o Brasil deixará de ser o lider da América do Sul e igualmente ficará na expectativa? E a ONU, faliu de vez?


Como será o mundo depois disso?

(Fonte: Brasil de Fato.)

Durante uma ligação telefônica realizada na semana passada, a Casa Branca ofereceu garantias de segurança ao presidente venezuelano Nicolás Maduro caso renuncie e “deixe o país agora”, de acordo com uma apuração publicada pelo jornal norte-americano Miami Herald neste domingo (30/11). Ao mencionar “fontes familiarizadas” com o assunto, o veículo destacou que “a mensagem dos EUA a Maduro foi direta”: que a “safe passage” (“passagem segura”, na tradução em português) seria garantida a ele, “a sua esposa Cilia Flores e seu filho somente se concordasse em renunciar imediatamente”.

A reportagem indicou que o telefonema foi “uma última tentativa de evitar um confronto direto” entre os dois países. No entanto, segundo uma fonte, três tópicos específicos entraram em impasse: o primeiro, Maduro teria pedido “anistia global para quaisquer crimes que ele e seu grupo tivessem cometido”; o segundo, Caracas teria concordado na realização de novas eleições desde que Maduro mantivesse o comando das Forças Armadas; e o terceiro, Washington teria insistido que o líder venezuelano renunciasse imediatamente. As três questões entraram em discordância.

De acordo com o Miami Herald, a conversa foi mediada pelos governos do Brasil, do Catar e da Turquia.

Momentos antes da veiculação da reportagem, no domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que tinha tido uma ligação telefônica com seu homólogo venezuelano. A declaração à imprensa confirmou a informação fornecida pelo jornal The New York Times (NYT) na sexta-feira (28/11), que escreveu que os mandatários haviam conversado na semana anterior. Na matéria, não havia detalhes sobre o teor da discussão, apenas que ele foi acompanhado por assessores de política internacional da Casa Branca, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio.

A conversa entre Maduro e Trump ocorre em meio a ameaças crescentes de que Washington está preparando uma fase mais assertiva de operações contra o chamado Cartel de los Soles da Venezuela, que os Estados Unidos alegam ser uma “quadrilha narcoterrorista” supostamente liderada pelo líder bolivariano e outros altos funcionários.

Por sua vez, Caracas afirma que o tal cartel é “uma organização que não existe”, inventada pelo país norte-americano para justificar as agressões no Mar do Caribe e as ameaças contra o seu governo.

No sábado (29/11), Trump determinou que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “totalmente fechado”, prenunciando possíveis bombardeios contra alvos da gestão bolivariana. No mesmo dia, Caracas criticou “uma agressão grave, ilegal e parte de uma política de intimidação que viola princípios fundamentais do Direito Internacional”. Segundo o Miami Herald, na ocasião, “o governo Maduro tentou fazer outra ligação para Washington, mas não obteve resposta”.

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