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Emissão Absorção pela fotossíntese e oceanos e acumulação na atmosfera de dióxido de carbono

EMISSÃO, ABSORÇÃO PELA FOTOSSÍNTESE E OCEANOS E ACUMULAÇÃO NA ATMOSFERA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) – 2023 – Gt/ano.
O Quadro GLOBAL CARBON BUDGET apresenta dados sobre emissões, absorções e acumulação mundiais de Dióxido de Carbono (CO2) antrópico, em 2023, e distribuidas como segue:
1)  as emissões mundiais e totais de CO2 foram de 40,7 Giga toneladas em 2023 – (Gt/ano);
2)  desse total de emissões, 36,3 Gt de CO2 provieram do setor industrial e serviços e 4,4 Gt provieram da agropecuária e uso do solo;
3)  desse total de 40,7 Gt de emissões de CO2, 23,8 Gt foram absorvidos pela fotossíntese (13,5 Gt) e pelos oceanos (10,3 Gt);
4) as emissões restantes de 16,9 Gt ficaram acumuladas na atmosfera.

Mais da metade do CO2 antrópico liberado foi absorvido pela fotossíntese e pelos oceanos (sumidouros de carbono terrestres e oceânicos). O CO2 somente se dissolve quando é captado pela fotossíntese (carbono retido em folhas, raízes e troncos) ou quando entra em contacto com os oceanos.


A parte do CO2 que a Terra não consegue absorver fica retida na atmosfera, gerando um processo de acumulação, ano a ano. Enquanto o CO2 não entra em contacto com a Terra, ele permanece na atmosfera. Como se trata de óxido, o CO2 é um elemento estável, como todos os óxidos. Assim, quanto maior for a quantidade de CO2 acumulado na atmosfera, mais intenso será o aquecimento global e seu corolário, as mudanças climáticas. As quantidades de CO2 antrópicos lançadas na atmosfera são superiores a capacidade que a Terra dispõe para absorvê-las através da fotossíntese e dos oceanos.


A revolução industrial e a modernidade, fundados em energias fósseis, estão alterando rapidamente os equilibrios climáticos. Para conter e estabilizar o aquecimento global é necessário emitir anualmente uma quantidade de CO2 equivalente à capacidade que Terra tem de absorvê-la. TTT

Tomás Togni Tarquínio – Antropólogo Universidade de Paris VII (Diderot); Mestre Economia Industrial, Universidade de Paris (Sorbonne) Pós graduado Prospectiva, École des Hautes Études en Sciences Sociale (EHESS), Paris. Desde 1980, Diretor de estudos em instituições da França, Europa, Brasil e América Latina sobre políticas públicas de recursos naturais e energia. Membro do Institut Momentum.

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